Obra de Ana Roldan

Coordenação no RS

Coordenação no RS
Sérgio Veleda e Evânia Reichert são professores autorizados por Claudio Naranjo e Escola SAT do Brasil a ministrarem a introdução à Psicologia dos Eneatipos no RS. São terapeutas de abordagem reichiana (Wilhelm Reich), coordenadores da Escola Aberta Vale do Ser no Rio Grande do Sul e alunos de Cláudio Naranjo e Alaor Pessos desde 1993.

A PSICOLOGIA DOS ENEATIPOS

O Eneagrama é um mapa de nove pontos (enea=nove e grammo=ponto), que identifica nove traços, nove padrões, nove egos. Cada eneatipo tem três subtipos, totalizando 27 modos de estar no mundo. Esses traços não são propriamente a pessoa, mas estratégias, modos defensivos e repetitivos de agir. O psiquiatra e educador Claudio Naranjo desenvolveu uma abordagem psicoterapêutica moderna sobre esse conhecimento antigo, que recebeu o nome de Psicologia dos Eneatipos.

Claudio Naranjo

Diferentes traços de comportamento distinguem uma pessoa da outra. A identidade pessoal é construída ao longo da vida, mas as perdas e carências da infância e da adolescência levam a resoluções que constroem os traços centrais da personalidade. O “eu” é a resolução que contém um conjunto estratégico de adaptações e de defesas frente às defasagens ocorridas no processo de desenvolvimento.

Em algum momento do nosso desenvolvimento, perdemos algo de nós mesmos, por razões físicas, emocionais e sociais de nossa história pessoal. Diante disso, a consciência ficou obscurecida em relação à própria perda, dando origem às defesas. Traços como medo, raiva, inveja, vaidade e orgulho, entre outros, são adaptações diante das nossas perdas infantis. Reconhecê-las abre espaço para modos mais saudáveis, conscientes e maduros de estar na vida.


AUTO-DIAGNÓSTICO DO TRAÇO PRINCIPAL


O conjunto de defesas é sustentado por uma característica central, um traço peculiar, que caracteriza cada pessoa em seu modo de ser, sentir e reagir. É tão perceptível ao outro, que é comum que ele seja associado à imagem que se tem das pessoas: bonzinho,autoritário, vítima, durão, fechado, moralista, irresponsável, sedutor, vingativo, servil, entre tantos outros.

O traço central condiciona o comportamento e aparece de forma repetitiva, automática, reativa. Para a pessoa, é um padrão pouco consciente e o reconhecimento de seus aspectos danosos, geralmente, é um verdadeiro tabu. Esse traço é a parte sombra, automática e reativa da personalidade. É o próprio caráter, no sentido de ser uma defesa, um jeito habitual que encobre quem realmente somos.

A etapa básica do Eneagrama - Eneagrama I - fornece informações e propõe exercícios para um efetivo autodiagnóstico sobre o traço principal. Nas etapas futuras, o estudo focalizará virtudes e outros aspectos desse conhecimento. Além do processo de autoconhecimento, o estudo é útil também para a compreensão dos padrões comportamentais nas relações familiares, profissionais e amorosas.


HISTÓRIA



O Eneagrama é um antigo mapa de autoconhecimento oriundo de uma escola sufi, os Sarmounis. Esse conhecimento chegou ao Ocidente através de G. I. Gurdjieff, um caucasiano que trabalhava com a “lembrança de si” e deu origem à Escola do Quarto Caminho.

Gurdjieff

Nos anos 60, Oscar Ichazo, criador da Escola Arica, apresentou o Eneagrama a um grupo de avançados terapeutas e pesquisadores. Entre eles estava o psiquiatra e gestaltista Cláudio Naranjo, que posteriormente relacionou o antigo mapa a padrões psicoterapêuticos modernos, chamando-o de Psicologia dos Eneatipos.


Naranjo é um dos herdeiros da Gestalt de Fritz Perls. Sistematizou o conhecimento do Eneagrama e desenvolveu importantes pesquisas sobre esta tipologia. Através da Escola SAT, este ensinamento chegou ao Brasil, dando origem à Escola EneaSat, coordenada por Alaor Passos, com sede em Brasília. No Rio Grande do Sul, a Escola Aberta Vale do Ser, que promove grupos de Eneagrama desde 1993, tornou-se uma representante deste trabalho, por meio dos terapeutas Sérgio Veleda e Evânia Reichert.